Domingo, 27 de Dezembro de 2009

Discursos Sobre a Cidade - 78

 

Texto de Blog da Rua Nove

 

O Necas era um trampolineiro excêntrico que vivia na Madalena e cuja fama chegara a todos os cantos da cidade e subira a cada recanto das aldeias de montanha.

 

Naquele mês de Dezembro, em que o Tâmega já se espraiara pelo Caneiro, todos os que o conheciam recordavam a sua façanha de há anos atrás. Entusiasta do nimas, não perdia uma sessão no Salão-Maria, fosse qual fosse o filme, fizesse o tempo que fizesse. Sozinho ou acompanhado, todas as noites de cinema atravessava a ponte a assobiar, regressando a casa ora mais animado ora mais macambúzio, consoante o lado para que caía a história da película.

 

Tal como agora, naquele ano o rio transbordara e durante dias inundara parte da cidade. Era Janeiro e o ar estava gelado, mas o Necas não estivera com meias-medidas. Pegara em duas cadeiras e atravessara a Madalena e o Arrabalde como se estivesse encavalitado em duas andas. Dum lado e doutro da cidade os mirones da cheia pasmaram com a inconsciência, segundo uns, ou o atrevimento, segundo outros. Mas todos concordaram que era um acontecimento notável e ainda hoje há gente capaz de jurar a pés juntos que o Necas quase se estivera a afogar quando trocara o passo e se desequilibrara em cima da ponte, correndo o risco de cair na água que redemoinhava entre o gradeamento! (Embora, à puridade, à puridade, e como todos nós sabemos, não haja memória de o rio alguma vez haver galgado a ponte.)

 

Mas agora voltara a ser ano de cheias e aqueles que achavam que as facécias do Necas se apuravam nessas alturas estavam expectantes. O Necas, contudo, andava preocupado com outras questões. Era quase noite de Consoada e nos Codeçais, onde costumava arranjar o perú, não sobrara uma única dessas avantajadas aves. Os que haviam sobrevivido ao gôgo pareciam ter feito questão de mostrar que não sabiam nadar, deixando-se levar pelas águas.

 

Caminhava no S. Roque, lado a lado com o Tó, e era desta situação desesperada, de não ter perú para o almoço de Natal, que se lamentava quando um quáquá vibrante se fez ouvir para os lados da ribeira. "Olá! Ouviste? Cuecas! Temos para ali um parreco...", dissera o Necas enquanto desatara a correr. O Tó ainda se ria da história das cuecas (O Necas havia-lhe dito que quando ia de visita aos primos do Porto nunca se cansava de ir ver filmes todos os dias e que um dia ao sair de um cinema na Praça da Batalha e ao descer para a Estação de São Bento havia reparado na empena de um prédio onde se via o desenho de uma pata seguida de uma ninhada a fazer cuécuécué e que nem queria acreditar que aquilo era um anúncio a uma marca de cuecas, como era...) quando este voltou com um pato debaixo do braço e já com o pescoço torcido. "Está feito! Este ano temos pato para o Natal..."

 

"Então e agora?", perguntara o Tó. "Agora? Agora vais-me arranjar uma bomba de bicicleta e estás convidado para vir almoçar lá a casa no Natal. Vais provar um pato como nunca comeste. Um pato à Necas!" O Tó não se fez rogado, mas ainda lhe foi perguntando para que serviria a bomba de bicicleta. "Deixa isso comigo", foi a resposta. "O Chico Tó esteve em Macau e é que sabe. Foi ele que me ensinou um truque. Depois de depenado, separa-se a pele do resto do pato com uma bomba de ar, para que a pele fique mais tostada e saborosa e a gordura se acumule entre a carne a pele. É assim que os chinocas o comem e fica uma delícia!"

 

No almoço do dia de Natal todos aguardavam ansiosamente a chegada do pato à Necas. E de facto o pato vinha coradinho e tostado, com um aspecto apetitoso como nunca se vira num pato assado. O Necas fez questão de servir a família e os convidados. Um fino pedaço de pele, tostada e rescendente, para cada prato. "Ora provem lá isso e digam se não é o melhor pato que já comeram!"

 

E todos assentiram, dizendo que sim senhor, que era um pato memorável, melhor mesmo que muitos perús. E acrescentaram que mal podiam esperar para saborear o resto. "O resto? Qual resto?", perguntou o Necas. "Ora, a carne, o que é que havia de ser?!", responderam todos. "A carne? Nãã, népias! Só se come a pele. É assim que os chinocas fazem. A carne vai-se dar de bodo aos pobres!"

 

Um ar de surpresa e desânimo perpassou pela mesa, até que alguém conseguiu desabafar: "Ora adeus! Isto é que é o pato à Necas? Comemos a pele e ficamos a olhar para a carne? Patos somos nós, que isto é mas é pato à Népias!"


publicado por Fer.Ribeiro às 03:00
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2009

Discursos Sobre a Cidade - 77


Discursos Sobre a Cidade - 77, originally uploaded by frproart.

“A cidade do silêncio”


Entre as dez e as onze da manhã deste domingo outonal de 18 de Outubro, descíamos a Rua Direita, encostado às casas do lado esquerdo, aonde batia um sol temperador do frescote da sombra que cobria o resto da largura da rua.
Uma rapariga saiu do florista empunhando uma única flor como se transportasse uma vela em procissão.
Não se via mais vivalma, nem se ouvia o menor zumbido.
E o som dos nossos passos ecoava que nos parecia um estrondo. Até parámos para melhor dar conta do eco que um passo, ou dois, em frente, produzia no empedrado.
Somente ao chegarmos à esquina da Ladeira da Brecha é que topámos com duas criaturas, caladas, a subir a rua.
Que estranho este deserto, de pessoas e de barulhos, na nossa cidade!
No Largo do Arrabalde, uma dúzia mal contada de homens com cara de pasmados e olhar ausente. Em frente ao antigo “Silva Mocho” apareceu um polícia que, com cara de estar a acabar a puberdade e com uma curvatura corcunda a comprovar o cansaço do esforço dispendido para chegar da Esquadra até ao Largo, e com uma farda chegada do alfaiate no dia anterior, abriu o «caderno de encargos», afinou uma esferográfica e, com ar ministerial, começou a registar o auto de transgressão. Sim, porque naquele domingo de manhã, o «gajo» que ali deixou o carro não tinha nada que o deixar ali.
Na esquina da antiga “Casa de Saúde do Dr. Alcino”, outro polícia, com altura e elegância da Torre de Menagem, falava “assertivamente” (vai com “”para lembrar que está na moda, e queremos ver os «in» consolados!) com um garimpeiro de bisbilhotices lá do Largo do Arrabalde.
Deitámos mais um olhar de cortesia às memórias romanas, então destinadas ao tratamento da saúde e da beleza; caminhámos pela Ponte, sob a qual se arrasta, com indecente e má figura, um rio que outrora era limpo, cristalino; onde se aprendia a nadar e onde os peixes desfilavam em garbosas paradas ou fazendo acrobáticas gincanas (que nas noites de Verão, às 5ªs Sábados e Domingos de Verbena, ao som da música dos “Pardais”, dos “Canários” ou do “Calypso” nos deliciavam com coloridos “Tattoos”), e se podia passear e namorar nos barquitos do “Redes” e do “Lombudo”.
A fotografar as “Colunas” estavam três raparigas. Eram estudantes de “Turismo e Termalismo”. Ouviram falar das Termas de Chaves e vieram à procura de inspiração e argumentos para um trabalho escolar. Castelo, Caldas e Ponte Romana eram as suas referências. Tinham uma vaga ideia acerca de uns «Fortes». Mas não sabiam se era possível visitá-los, nem onde ficavam. E julgavam que a cidade correspondia ao território da margem direita do rio.
Nunca nos cansamos de olhar a fachada da Igreja da (Freguesia) Madalena! Lá por dentro deve haver grandes mistérios - está sempre fechada! Não tem edital com horário de funcionamento ou de abertura ao público …. nem onde procurar a chave!
Parece que CHAVES tem vergonha de mostrar as intimidades de alguns dos seus monumentos!
Para umas coisas, pudor a mais; para outras, vergonha a menos!
Estava na hora de trincar mais um (ou dois!) “Pastel de Chaves” e subimos “Stº António”. Na “Pedreira do Baptista” já se viram três compadres na conversa, mas o torcer o pescoço para um lado e para outro à procura de qualquer novidade que lhes desse alento para o «dar à lingueta». O “Sport” ganhava um cliente na esplanada, e, à porta de uma padaria, uma padeira, perdão, uma “técnica superior de fornecimento de produtos energéticos e alimentares de panificação”, veio mostrar o seu ar ansioso pela chegada de um só cliente que fosse.
Daí até ao “Jardim do Bacalhau” nem peixe, nem pescador. Apenas uma «pescada» apetitosa se cruzou connosco! Era de «raça Tamegana».
Que sossego o dessa manhã, na Cidade do Silêncio!


Tupamaro

tags:

publicado por Fer.Ribeiro às 02:11
link do post | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quinta-feira, 10 de Dezembro de 2009

Discursos sobre a cidade - 76


Discursos sobre a cidade, originally uploaded by frproart.

EL HOMBRE ES EL LOBO DEL HOMBRE


Hace dos años alguien me preguntó: Qué sucede con los españoles, que maltratan y asesinan a sus mujeres? la respuesta fue que aquí sucedía lo mismo, solo que no se sabía. El tiempo por desgracia, me dio la razón y timidamente se empieza a denunciar y conocemos datos que avergüenzan al ser humano. La brutalidad de ciertas parejas no conoce fronteras.


ELLAS

Las golondrinas, llegaron
anuncian la primavera
la niña, las mira triste,
quisiera volar con ellas.

Subir, subir sin descanso
planear sobre la vega,
sentir el aire azulado
azotando su melena.

Ay, cómo le falta espacio!
Ay, cómo el alma flaquea!
cómo las dudas corroen
su joven vida agarena.

Devorando va caminos
que la llevan a la sierra,
sembrada de dudas locas
que la tiran de la meta.

Subiendo y bajando atajos,
encontró. Pobre de ella!
disfrazado de marido,
un macho, de mala yerba.

Con alma negro azabache;
aparentando quererla,
finge celos de cariño
para poder, ofenderla.

Dónde está la niña hermosa,
dónde su cara morena?
Qué fue de las ilusiones
entrenzadas y serenas?

Las dentelladas del macho
cobarde, perro de presa,
la destrozan, lentamente,
acabarán por vencerla.


Ella era una chica normal, en sus facciones se adivinada sus ascendentes moros, ojos grandes negros, como dos aceitunas, denotando alegría de vivir, alta, esbelta y con la belleza que tiene una joven, (por eso dicen que no hay 15 años feos) como defecto, si a esto se le puede llamar así, era pobre, claro que los sueños no tienen precio y sus ilusiones estaban en auge y como un pajarillo demostraba su alegría, bromeaba, proyectaba, jugaba y tonteaba, como cualquier muchacha de su edad; un buen día de verano exultando de alegría, comunicó que una tía que vivía cerquita del mar la llevaba de vacaciones, era como si hubiese tocado el cielo con la punta de los dedos, qué felicidad! el verano se prolongó algo más que lo previsto, motivo? el amor, cuando volvió a Chaves fue para casarse, o ya vino casada? la verdad es que no recuerdo ese detalle, él era, según decian de muy buenas familias, entendámonos, de buenas familias con posibles, que también hay buenas familias pobres. Pasado un tiempo él se fue a Angola, con un buen contrato de trabajo, había estudiado y preparado para obtener ahora los beneficios de su esfuerzo, por eso era un hombre culto, no un patán brutamontes, casi casi, un mirlo blanco. Él partió primero tenía que preparar todo concienzudamente para llevarse a su estrenada esposa, ella esperó en casa de su madre, esta con mucho esfuerzo le preparo algunas cosas más para enriquecer el ajuar que ya empezara a atesorar desde la más tierna edad de la muchacha, Meli contaba los dias para el deseado reencuentro con su amor, papeles, vacunas, compras de última hora, no quería descuidar nada, primero salieron los baules, después de unos meses de espera llegó la buena noticia, ya podía partir! El viaje aunque pesado, a ella le resultó leve, que el corazón tiene alas!

El recibimiento fue frio (tuvo un mal día pensó, la infeliz) la casita era acogedora, estaba limpia y ordenada, pero cuando abrió los baules que la precedieran, los armarios y otros detalles que cualquier mujer nota, el mundo se le cayó encima, allí estuviera "OTRA" llegaron las lágrimas después la recriminaciones que le dictaba el dolor, por arte de mágia, nacieron las primeras bofetadas, ella en un arrebato quemó en el patio todo lo que fuera utilizado, las consecuencias fueron nuevos golpes. Sola en la lejanía, dolorida, inexperta, casi perdida empezó su nueva vida, después cuando llegaron los hijos trageron bálsamo para su ser dolorido. La madre nos reproducía las mentiras piadosas que la hija le narraba en sus cartas, pocas, pues temía que el dolor la traicionase y contar algo que denotase su desgracia.

Las cosas cambiantes de la política, dieron al traste con los planes y aquellos que se fueron un día buscando oportunidades en otras tierras, regresaron, Meli naturalmente también volvió; llegaron a Chaves y se instalaron en la casa materna, pequeña, humilde, con tabiques como papel de fumar, la madre pudo constatar, que el cuento de hadas era eso, un cuento, ya eran dos a callar, que sufrir sufrian todos, los hijos nunca son ignorantes de estas cosas; en casa de la suegra, los golpes se sustituyeron por malas palabras, humillaciones, malos gestos, diciéndolo sin tapujos, maltrato psíquico, el físico venía cuando la madre tenía que ausentarse, ellas no querian ofrecer oportunidades, al maltratador, pero siempre hay un horario alterado un atrasarse en la vuelta del trabajo o un descuido, ahí el depredador encontraba su ocasión; por todo esto el brillo de sus ojos se apagara en Africa, la figura erguida estaba humillada, nada de esta mujer recordaba la niña ilusionada de la partida.

Un día, que Doña Amelia saliera, Meli estaba buscando algo en un baul de madera, él llegó y aprobechó el momento, sin mediar palabra la golpeó con la tapa, cayendo sobre las cervicales, siguió haciendo presión, Doña Amelia o la buena suerte personificaba entró en aquel momento, lo empujó diciéndole:

- Ladrón, quieres matar a mi hija?!

Él salió de casa, como alma que lleva el diablo, este momento marcó otra etapa, el ambiente familiar estaba siempre mas cargado, tenso, ellas callaban avergonzadas, doloridas, anuladas, él en la calle y en el trabajo seguía siendo un caballero, correcto, educado, nadie sospechaba de sus tormentas interiores, que descargaba en el hogar.

En una de esas fortuitas agresiones que sucedieron con posterioridad a lo anteriormente relatado, me tocó constatar con horror las consecuencias, Meli nos contó que le había aprisionado el pecho contra la puerta, la mama estaba completamente negra, endurecida, Dios mío! una zona tan sensible, de aquella no se denunciaba, es más si se necesitaba acudir a un profesional de la medicina, se mentía, se callaba y se llegaba a decir, si lo hace es que las merece, es decir se disculpaba al culpable y se acusaba a la víctima.

Pasado un tiempo, este ser indigno y despreciable, quizás enfermo, no lo sé, decidió marcharse, claro que la economía se resintió pero la paz, no tiene precio. Pasado mucho tiempo y después de curar sus heridas físicas y también psíquicas, Meli emigró, conoció el amor, una relación serena, para mucha gente desviada o antinatura, su pareja también es una mujer. Dicen las estadísticas que muchas maltratadas terminan por perder la confianza en los hombres y cambian sus tendéncias.

Fe Alvarez


publicado por Fer.Ribeiro às 23:52
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 4 de Dezembro de 2009

Discursos Sobre a cidade - 75


Discursos Sobre a cidade - 75, originally uploaded by frproart.
 

Uma Conversa Quase Surrealista no Taró

 

texto de José Carlos Barros

 

http://casa-de-cacela.blogspot.com

 

 

         -- Nem sempre cortávamos uma árvore

         -- Cortar uma árvore é sempre um crime.

         -- de raiz. Às vezes cortávamos a parte final de um ramo com a configuração de uma pequena árvore. Era, de qualquer modo,

         -- Isso vai dar ao mesmo.

         -- a nossa árvore de Natal. Este ano, depois de tantos anos,

         -- Vai dar ao mesmo. E

         -- vou cortar de novo uma árvore.

         -- é de uma irresponsabilidade cívica incrível. Podes comprar uma árvore ecológica, podes tu próprio construir uma árvore reciclável.

         -- O Natal vem logo após o solstício do Inverno. Esse momento mágico em que a sombra, enfim,

         -- Não acredito: lá vem de novo

-- cede ao domínio da luz. A luz em vez da treva. O dia, de novo, maior que a noite. Como num ritual

-- o discurso da ruralidade, da suposta supremacia das berças.

-- de passagem. De rapazes que querem ser homens. De homens que querem ser deuses para que possam apenas ser homens. Na amplitude dos montes,

-- Não acredito: este discurso retrógrado, cheio de lugares comuns, vindo de quem mais devia estar próximo da Natureza, da compreensão 

-- nas sucessivas cumeadas, nos vales profundos, no silêncio a atravessar encostas e colinas e valados. O dia maior que a noite. De novo. Como um archote aceso

-- dos fenómenos ambientais. E, mesmo, de um ponto de vista filosófico: comprar uma árvore de plástico, em vez de destruir uma árvore verdadeira, é um sinal

-- contra a adversidade. E então, nesta inesperada (e necessária) desordem, saímos à rua. No Natal, em Trás-os-Montes, saímos à rua. E portanto

-- de esperança num mundo condenado pelo dióxido de carbono,

-- é tão importante uma árvore. Uma árvore que nós próprios cortámos na floresta. Nos montes. Uma árvore verdadeira. Com as suas raízes e a sua seiva. Uma árvore que guarde a casa enquanto saímos à rua. E, na rua, é o fogo (de uma outra árvore) que se ergue na noite. Em redor do fogo nos reunimos. Na estrada. No Meio da Aldeia. Num largo. Em redor de um dos três únicos elementos de culto.

-- pela perda irreparável da biodiversidade, pelas alterações climáticas. É também uma questão de exemplo.

-- Porque em Trás-os-Montes os quatro elementos são três: o pão, a água e o fogo. E o momento, os momentos, os dias seguidos até aos Reis, são mágicos. Porque uma distância, de súbito, parece diluir-se em redor do fogo: entre o que é possível tocar

-- Por isso não faz sentido cortar uma árvore. Até do ponto de vista

-- e o que pressentimos. Entre a pedra e o intangível. Entre o milagre e a memória de uma árvore cortada na serra. E é nesse intervalo, nessa fronteira,

-- da educação ambiental. Repito: do exemplo que damos

-- nessa membrana fina de silêncio que o milagre acaba por impor-se. E é por isso, depois de tantos anos, que vou eu mesmo cortar uma árvore. De novo. E deixá-la em casa. A guardar a casa.

-- a uma geração que precisa de tomar consciência do grave problema ambiental que atravessamos.

-- E sair à rua. Como no tempo antigo. Para que o encontro (a comunhão, ó ímpios!) seja a primeira e renovada Palavra do mundo.

 


publicado por Fer.Ribeiro às 00:50
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 89 seguidores

.pesquisar

 

.Junho 2010

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5

6
7
8
9
10
11
12

13
14
15
16
17
19

20
21
22
23
24
25
26

27
28
29
30


.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

. Discursos Sobre a Cidade ...

.arquivos

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Fevereiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Agosto 2008

. Junho 2008

. Março 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Dezembro 2006

.tags

. todas as tags

.favoritos

. Um salto no tempo

. Repórter por um dia na fr...

. Ilustres Flavienses - Dom...

. Repositório - O Banco das...

. 25 de Abril - Sempre!

. Blog Chaves faz hoje 13 a...

. Solar da família Montalvã...

.links

SAPO Blogs

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub